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Escolas de samba: estética em desfile

28 set - 2020 • 19:30 > 6 out - 2020 • 21:30

Evento Online

Descrição

Escola de samba: estética em desfile -Visualidade e conceito na criação dos carnavalescos


Curso com


Leonardo Antan, pesquisador da equipe do site Carnavalize, e

Daniela Name, crítica de arte e curadora da Revista Caju.



Este curso propõe uma discussão sobre grande artistas da história do carnaval carioca. Reconhecendo os desfiles das escolas de samba como um campo autônomo e fundamental da História da Arte brasileira, os encontros vão traçar uma rede de referências, narrativas e apontamentos sobre os nomes abordados. A cada aula, uma dupla de carnavalescos será discutida colocando em panorama toda a sua trajetória, pensando sobre a constituição de personalidades artísticas, buscando assim discutir a importância desses artistas dentro da festa. A escolha dos pares coloca em discussão uma década em especial, diferenciando e aproximando as narrativas apresentadas no período.

 


Aula 1  - Dia 28 de setembro, 2a feira, 19h30 -  Arlindo Rodrigues e Fernando Pamplona (Anos 60)

 A primeira aula mapeia a revolução salgueirense através de seus dois principais idealizadores. O período marcou uma transformação definitiva na estrutura dos desfiles, os transformando em produtos da cultura de massa carioca. De um lado, o forte caráter discursivo que Fernando Pamplona reuniu em torno de si, assumindo a visão mais conhecida da história. Do outro lado, o foco será a trajetória de Arlindo Rodrigues, responsável pelo cortejo seminal da década; Xica da Silva, no Acadêmicos do Salgueiro, em 1963. Apresentação que pode ser entendida como uma pedra fundamental da narrativa e estética do carnaval contemporâneo. Um dos nomes mais fundamentais da folia, Arlindo trouxe elementos ligados ao teatro, narrativas históricas, inovações de materiais e da produção dos desfiles, abrindo uma importante profissionalização das agremiações cariocas.  A ala se encerará pensando a formação de um grupo de artistas batizados de "Escola de Pamplona", que reuniu uma série de discípulos e carnavalescos que seguiram atuando no carnaval nos anos futuros da dita Revolução Salgueirense.

Aula 2 - Dia 29 de setembro, 3a feira, 19h30 -Joãosinho Trinta e Maria Augusta (Anos 70)

 

Herdeiros do grupo de artistas formado na Revolução Salgueirense, Joãosinho Trinta e Maria Augusta são responsáveis por uma disputa que buscou definir os rumos estéticos na década que deu sequência ao processo de espetacularização e crescimento dos desfiles.

Numa parte da aula, o “luxo do brilho” de Joãosinho Trinta promoveu uma série de inovações nas narrativas e no aspecto visual do período. Na sequência de cincos títulos que conquistou ao longo de 1974 e 1978, o maranhense com seu enorme poder discursivo, centralizou uma série de discussões importante sobre os rumos do carnaval.

Na segunda parte, o “luxo da cor” de Maria Augusta propôs um outro caminho estético para a festa ao abordar enredos abstratos e uma estética pautada em elementos cotidianos na União da Ilha do Governador. A via que seguia o rumo oposto do estilo de Joãosinho acabou não se consolidando ao não faturar um campeonato.


Aula 3 - Dia 5 de outubro, 2a feira, 19h30 - Fernando Pinto e Luiz Fernando Reis (Anos 80)

 

Na década de 1980, um ponto de virada decisivo na trajetória das escolas de sambas foi a chegada de “enredos sociais e políticos” que versaram sobre o processo de redemocratização após a ditadura civil-militar brasileira. Na primeira parte do encontro, recontamos a trajetória de Fernando Pinto, o artista marcado pela herança tropicalista e da contracultura carioca dos anos 1970. Em mais de treze anos atuando na festa, Fernando promoveu enredos vinculados à cultura popular e à cultura de massa, importando elementos do teatro de revista e da chanchada. É nesse período, na Mocidade Independente de Padre Miguel, que o artista fez seus enredos mais marcantes, com narrativas delirantes e forte subtexto contextual. Quem também brilhou no carnaval da época foi Luiz Fernando Reis, o outro artista do período a ser discutido. Na Caprichosos de Pilares, o carnavalesco desenvolveu enredos de forte cunho crítico, dialogando com seu contexto e apostando em carnavais que se destacavam por sua mensagem bem marcada, símbolos cotidianos e sambas animados. Aos seus modos, os dois profissionais retrataram diferentes espíritos da sua época.

 


Aula 4 -  Dia 6 de outubro,3a feira, 19h30 - Renato Lago e Rosa Magalhães (Anos 90 aos anos 2000)

 

A última aula chega na rivalidade entre dois nomes que marcou a década de 1990, apontando os estilos que constituíram uma memória artística das mais simbólicas da festa. Na primeira metade da conversa, um passeio pelo imaginário de Rosa Magalhães e seus carnavais na Imperatriz Leopoldinense. Rotulado como “barroco”, o visual requintado da carnavalesca constituiu uma poética marcado por enredos viajantes, com histórias prosaicas e que celebram a ideia de um Brasil festivo e mestiço, com forte herança modernista e romântica.

No outro ponto, chegaremos ao estilo que Renato Lage desenvolveu na Mocidade Independente de Padre Miguel. O chamado “high-tech” do artista teve uma assinatura marcado pela força de seus formas alegóricas e inovações tecnológicas, através de enredos que propunham mergulhos temáticos sobre diferentes aspectos culturais.


SOBRE OS MEDIADORES


LEONARDO ANTAN é historiador da arte, curador e escritor. Graduado e mestre em História da Arte pela UERJ, onde pesquisou a linguagem artística dos desfiles das escolas de samba. É editor do projeto multi-plataforma Carnavalize, que realiza eventos voltado à história do carnaval. Integrou o coletivo curatorial “Dia de Glória’’, em parceria com a Casa de Estudos Urbanos. Cursou Imersões Curatoriais no Paço Imperial, onde curou coletivamente a exposição “Limiares”. No carnaval, já atuou como aderecista em escolas como Unidos da Tijuca e Portela, além de fazer parte da criação do desfile da Unidos das Vargens. Como curador, realizou ainda de exposições na Casa de Estudos Urbanos, Museu da História e da Cultura Afro-brasil, Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica e no Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea. Entre as exposições estão “Uma delirante celebração carnavalesca: o legado de Rosa Magalhães” e “O rei que bordou o mundo: poéticas do carnaval da Acadêmicos da Cubango”. Na área literária, é editor do Selo Carnavalize, que pertenceu a Rico editora, voltado para publicação de obras sobre a folia brasileira. Além de já ter publicado dois romances e antologias de ficção LGBT+ pelo Se Liga Editorial.

DANIELA NAME é curadora e crítica de arte. Doutora em Comunicação e Cultura e mestre em História e Crítica da Arte, ambos os títulos pela UFRJ, atua como curadora independente e editora e curadora-geral da Caju, plataforma que reúne a Revista Caju e a Caju Conteúdo e Projetos. É autora dos livros “Amélia Toledo – Forma Fluida” (2015), “Almir Mavignier” (2014) “Norte”, sobre a obra do artista Marcelo Moscheta (2013) e “Espelho do Brasil – Arte popular vista por seus criadores” (2008).


O CURSO EMITE UM CERTIFICADO PARA OS/AS/ES PARTICIPANTES, ENVIADO POR E-MAIL ATÉ 15 DIAS ÚTEIS APÓS A CONCLUSÃO DAS AULAS. O cerficado será assinado pela curadoria da Caju

PREENCHA O FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO COM O NOME E SOBRENOME QUE DESEJA RECEBER O CERTIFICADO, em caixa alta e baixa. Ex: Fernando Pinto /// Nome:  Fernando ///  Sobrenome: Pinto

 

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- Caso o cancelamento ocorra entre no período inferior a 10 dias (em até 48 horas antes do início do curso ou atividade) o reembolso será de 50% do valor pago;

 

- O prazo para recebimento de reembolso é de até sete 07 dias úteis;

 

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- O curso poderá ser cancelado pela CAJU até 24 horas antes de seu início, caso não atinja o número mínimo de inscrições. Nesse caso, os valores já pagos pelo aluno serão integralmente restituídos mediante a apresentação dos dados bancários completos.

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