TVT canino: como ele age no corpo do animal

Além de ser uma das principais doenças sexualmente transmissíveis entre animais, Ana Paula conta que o TVT em cães é sempre um tumor maligno de células redondas ou mesenquimais (mais alongadas que o normal). “Ele ocorre na superfície da mucosa dos órgãos genitais externos de cães de ambos os sexos, mas pode ser encontrado em outros locais como conjuntiva ocular, mucosa oral, mucosa nasal e ânus. Isso acontece porque, mesmo sendo a mais comum, a transmissão venérea não é a única forma de contágio da doença: o contato direto, seja cheirando ou lambendo genitais com a lesão também pode causar a disseminação do TVT em cães”, explica a profissional. Por isso, a melhor forma de prevenir essa doença no cachorro que você tem em casa é evitando o contato dele com animais contaminados e que moram na rua. “Antigamente o TVT era conhecido como um tumor benigno porém hoje temos relatos de metástases em medula, pulmão e outros órgãos”, afirma a veterinária. Ou seja: todo cuidado é pouco!

 

 

Os sintomas do TVT em cadelas e cães 

 

As lesões, que são o primeiro sinal desse tipo de neoplasia, são bem características: “elas parecem verrugas ulceradas, friáveis e pedunculadas”, afirma Ana Paula. Elas costumam aparecer na base do pênis do macho e na vagina ou na vulva da fêmea e começam pequenas, mas aumentam com o tempo e a falta de tratamento. Esse tumor também pode ter o formato de uma couve flor depois que cresce e se desenvolve tanto na região dos genitais, quanto nas outras áreas do corpo do animal que pode atingir. O animal com o tumor venéreo transmissível canino também pode ter dificuldade para urinar e sangramento na região afetada — só vale ter cuidado para não confundir com o cio nas fêmeas. 

O diagnóstico e o tratamento do TVT canino

A ida ao veterinário é indispensável assim que você perceber qualquer tipo de lesão no seu cachorro. Assim como outros tipos de câncer, se for identificado no início, o TVT tem o tratamento mais simples. “O diagnóstico se dá através da citologia ou, em alguns casos, do exame histopatológico”, explica Ana Paula. Nos dois casos, o profissional vai precisar retirar uma amostra da lesão para análise. Essa amostra pode ser da secreção ou do tumor em si — sendo a segunda mais efetiva no diagnóstico. 

Depois de confirmar que o animal tem TVT canino, ele deve começar a ser tratado imediatamente: “o melhor tratamento é a quimioterapia. Em alguns casos, a eletroquimioterapia pode ser necessária para complementar o tratamento. Em todos eles, a castração é um fator que contribui para uma resposta positiva do tratamento quimioterápico”, explica Ana Paula.

Redação: Ariel Cristina Borges