Sessão 01: 05/09 (14:00 às 18:00)
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Daniela Alves (MAE/USP)
Cultura material e vida cotidiana das crianças na Colônia Regeneradora Dom Romualdo de Seixas (Internato Anália Franco), São Paulo (1911-1997)
Resumo: Este trabalho aborda a análise de objetos associad...
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Resumo: Este trabalho aborda a análise de objetos associados às crianças, identificados no Sítio do Capão durante as pesquisas arqueológicas efetuadas entre 2002 e 2003. O Sítio do Capão trata-se de construção de fins do século XVII com características construtivas referentes ao período bandeirista. Em 1911 foi adquirido pela Associação Feminina Beneficente e Instrutiva, fundada por Anália Franco, recebendo o nome de Colônia Regeneradora Dom Romualdo de Seixas. Desde então, passou a abrigar crianças órfãs, crianças em situação de abandono, jovens mães em situação de vulnerabilidade com seus filhos e viúvas, permanecendo em funcionamento até o ano de 1997.
Nesta investigação buscou-se refletir sobre as práticas cotidianas das crianças e ao mesmo tempo atentar-se para a dinâmica das relações sociais em ambiente institucional. Além da cultura material, dispôs-se do auxílio de fontes documentais e bibliográficas e da memória literária “Vida e Obra de Anália Franco”, escrita por Maria Cândida Silveira Barros (1982), uma das inúmeras crianças que viveram na entidade.
Os artefatos analisados totalizaram 61 peças. A maioria foi identificada no interior do casarão, enquanto outros foram identificados na área externa. Sugeriu-se que os artefatos coletados após a retirada do piso no interior do casarão, assim como outros coletados nas escavações na área externa remetam às primeiras décadas de ocupação da colônia. Esses objetos representados por brinquedos sinalizaram que brincadeiras e jogos eram parte das atividades rotineiras das crianças. Alguns dos relatórios escritos por Franco, assim como pesquisas realizadas sobre as instituições por ela implantadas, revelaram aspectos das aulas, oficinas e demais atividades estruturadas realizadas pelas crianças. As informações legadas por Barros (1982) mostraram particularidades de sua infância e adolescência partilhadas com outras crianças, demonstram o vínculo afetivo com o ambiente e denotaram Anália Franco como figura relevante na condução das relações sociais entre as crianças e demais pessoas que tinham a colônia como morada.
Quanto aos artefatos identificados em superfície, no interior do casarão e no entorno, referem-se à fase mais recente de ocupação, abarcando até o ano de 1997, quando a instituição foi desativada. Estes estão representados por brinquedos variados e por calçados fragmentados. As reportagens do jornal O Estado de São Paulo desvelaram as dificuldades financeiras atravessadas pela entidade, sendo necessário o loteamento de parte do terreno para sua manutenção, a partir da década de 1950.
Inferiu-se que os brinquedos além de servirem para as brincadeiras infantis, possivelmente tenham auxiliado na aprendizagem de conhecimentos e conteúdos formais organizados pela instituição no decorrer do tempo.
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Lucilene Rezende Alcanfor (UNIFESP)
Epistemologias decoloniais na produção literária infantil e juvenil: o direito à história
Resumo: Apesar das novas políticas afirmativas das relaçõe...
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Resumo: Apesar das novas políticas afirmativas das relações étnico-raciais no Brasil trazerem para o campo da educação os temas da História da África e das Culturas Afro-Brasileiras e Indígenas, referendadas pelas Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08, em nossa sociedade os conhecimentos a respeito dessas culturas ainda permanecem, em certa medida, marginalizados ou estigmatizados. Partindo desse pressuposto, a presente pesquisa busca analisar a recente produção literária infantil e juvenil brasileira, de 1980 ao dias atuais, impulsionada pelas inovações curriculares e epistêmicas emergentes do contexto das respectivas leis. O tema se justifica pela importância dessa produção literária como valioso manancial de pesquisa para observarmos, por meio da perspectiva de uma pedagogia decolonial, crítica e antirracista, um pluralismo epistêmico que reconheça e afirme a existência de outras culturas, sujeitos e representações sociais que podem contribuir enormemente para o alargamento da percepção e da análise das nossas experiências históricas, sociais e políticas. O material que compõe o corpus documental compreende obras dos acervos editoriais que coadunam com a perspectiva epistemológica a ser investigada, tendo como base o método historiográfico. Ao ser interrogada, essa literatura pode nos revelar as condições de produção e circulação, as intenções dos sujeitos que as produziram, como as culturas africanas, afrodescendentes e indígenas estão nela representada, de modo a discutir o direito à história e a memória dessas culturas no processo histórico da modernidade. A relevância dessa investigação possibilita-nos analisar e compreender aspectos das razões históricas e ideológicas dos preconceitos, bem como o embate político e epistêmico pela sua superação.
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William Botelho (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP))
A Educação Domiciliar no Brasil: fundamentalismo e business
Resumo: A partir do ano de 2018 com o novo Governo Federal...
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Resumo: A partir do ano de 2018 com o novo Governo Federal no Brasil, o tema Educação Domiciliar ganha espaço na cena política nacional, pautado como uma das prioridades do governo de Jair Messias Bolsonaro (Sem Partido), que vem movimentando discussões nas redes sociais, na imprensa e com especialistas sobre o assunto. Embora o tema tenha conquistado espaço nos últimos anos, a proposta de regulamentação da Educação Domiciliar remonta a década de 1990, com manifestações de famílias que reivindicavam o direito parental de praticar a Educação Domiciliar sem a intervenção do Estado, ou seja, ensinar os seus filhos sem vínculo com o sistema de ensino. Mas, afinal, o que é o projeto de Educação Domiciliar propagado pelas proposições apresentadas nos parlamentos e reivindicado por famílias e Associações? Qual o perfil socioeconômico dessas famílias? O que defendem como educação de qualidade? E finalmente, quais os grupos econômicos e sociais, políticos e seus interesses? O objetivo desta comunicação é apresentar algumas considerações preliminares da tese de doutoramento em andamento, afinal, o que é a dita “educação domiciliar”, analisando as redes de relações destes grupos, qual a massa documental produzida e o seu conteúdo, os trâmites políticos para sua organização; os agentes civis; as entidades e políticos; além do que estimula e ampara estas atitudes. Entendemos que o grupo social mais interessado nesta regulamentação é o que é definido como “classe média”, que tem por objetivo proporcionar uma educação particular, com uma visão de mundo desvinculada da ideia de estado e bem público, e apegadas a ideias de neoliberais como empreendedorismo, livre-mercado, por um lado, e uma pregação moralizante de cunho religioso, por outro. Para tanto, delimitamos o recorte de análise temporal no período de 1990 a 2021, busca- se diálogo com a bibliografia especializada e o estudo de documentos localizados nas casas legislativas (Projetos de Leis, Leis, Audiências Públicas), compreendo sua relação com a sociedade, as vozes sociais (Thompson), ou seja, as leis enquanto dinâmica social (Bobbio).
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Alessandra Paulino (Prefeitura de Guarulhos)
Série Leituras Infantis: a infância representada por meio da ilustração (1931-1940)
Resumo: No início do século XX, no Brasil, para a construç...
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Resumo: No início do século XX, no Brasil, para a construção de um ideal da criança republicana, foi essencial criar diversos dispositivos educacionais que ensinassem pelo prazer, diferenciando-se do castigo e da repressão. Dessa maneira, um dos principais recursos utilizados dentro do ambiente escolar para consolidação de um discurso nacional foram os livros didáticos, e o mais importante deles, os livros de leitura infantil. Assim, para compreender esse discurso de modelação da infância, o presente trabalho tem por objetivo analisar as ilustrações da série Leituras Infantis, sob autoria Francisco Furtado Mendes Vianna, por meio das seguintes edições: 29ª edição da Cartilha - Leituras Infantis (1931); a 36ª edição da obra Primeiros Passos na Leitura (1940) e a 66ª edição Leitura preparatória (1935). A justificativa pela escolha das obras dá-se pelos seus perfis formativos, segundo as categorias de livros didáticos elaboradas por Batista et al (2002). Além das obras acima citada, foram utilizados escritos publicados na revista educacional A Escola Primaria (RJ) e as conferências proferidas por Francisco Furtado Mendes Vianna que estão compiladas na obra Modernas directrizes no enzino primario escola activa do trabalho ou nova (1930). Considerando os aportes da História Cultural, nesta pesquisa empregou-se do conceito de “infância” apresentado por Faria Filho e Fernandes (2007) e Kuhlmann e Fernandes (2004) e Gouvêa (2004, 2007), além da categoria analítica “representação” proposta por Chartier (1990) em diálogo com a História da Educação, História da Infância e da Literatura Infantil Escolar no Brasil. Por resultados parciais, foi possível identificar que as ilustrações possuem uma relação direta com as tramas presentes nos livros de leitura, apesar de terem sido criadas por ilustradores europeus. Observou-se também, uma preocupação em especificar as fases da infância no decorrer das obras, sendo elas inicialmente representadas por elementos da natureza e da pureza do imaginário infantil, passando assim para ambientes de maior concentração de novos personagens, envolvendo cenas na cidade e na escola e no trabalho, além das mudanças de cenários numa mesma narrativa, levando a compreender o crescimento e a complexificação da visão infantil sobre o mundo.
Palavras-chave: Série Leituras Infantis. Ilustração. Infância.
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Marcia Colber (Univeridade Federal de São Paulo)
O legado do Departamento Nacional da Criança - o discurso legal e seus desdobramentos nas páginas do jornal O Estado de São Paulo
Resumo: Em 1930, com a criação do Ministério da Educação e...
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Resumo: Em 1930, com a criação do Ministério da Educação e Saúde Pública, o governo provisório de Getúlio Vargas estabelece um marco importante na História da Educação brasileira. Sob a direção de Gustavo Capanema a partir de 1934, diversas reformas educacionais foram gestadas e promovidas e é neste contexto que, em 1940, é criado o Departamento Nacional da Criança (DNCr) como órgão vinculado ao Ministério da Educação e Saúde Pública com foco na necessidade de proteção materno-infantil, tema deste trabalho que é um desdobramento da pesquisa de Doutorado em andamento, desenvolvida junto ao PPGE/UNIFESP. O objetivo é o de investigar, a partir do discurso legal e das notícias veiculadas nos jornais, quais políticas para a infância decorreram da criação do DNCr, com a seguinte questão: a criação do DNCr foi, em alguma medida, determinante para a implementação de tais políticas a partir dos anos 1940? Toma-se por fontes os textos legais, especialmente o Decreto-Lei n.º 2.024/1940 que cria o referido Departamento e as legislações complementares que regulamentam seu funcionamento, disponíveis na Biblioteca Digital do Portal da Câmara dos Deputados, bem como as publicações do Jornal O Estado de São Paulo, disponíveis em seu acervo digital. Elementos com base na tabulação das reportagens encontradas nas páginas do jornal a partir de 1940, analisadas conjuntamente com as legislações publicadas acerca do DCNr, as categorias de políticas de atendimento à infância fundamentadas no aporte teórico de Faleiros (2011) e Rizzini (2011) e de reformas educacionais sob a perspectiva de Schwartzman, Bomeny e Costa (1984), subsidiam a análise para compreender o contexto do período em que o DNCr foi criado, especialmente no âmbito das reformas propostas por Capanema. Como resultados, constata-se que o DNCr, criado a partir de reformulações de órgãos ministeriais que o antecederam, foi importante contribuição da gestão de Capanema frente ao Ministério da Educação e, embora com muitas restrições orçamentárias, obteve sucesso na definição de algumas políticas de atendimento à infância que, para além das escolas ou instituições específicas de educação, concentraram a implantação de uma rede de proteção às crianças e à maternidade e, para tanto, necessitava de ações educativas, especialmente no campo da puericultura e da assistência. Os indícios de que essa política se efetivou, na medida do que era possível, dadas as condições reais dos governos locais, são as publicações de legislações complementares nos anos subsequentes para regulamentar ações do DNCr e dos órgãos que o substituíram com os mesmos pressupostos, a formação de médicos pelo Ministério da Educação e Saúde pautada nos princípios da puericultura, a criação de maternidades e os desdobramentos destas ações nos municípios.
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Juliana (Secretaria Estadual de Educação SP)
O Cuidar e o Educar nas propostas de atendimento da creche da rede direta paulistana (1970 a 1982)
Resumo: O atendimento das crianças pequenas em creches da ...
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Resumo: O atendimento das crianças pequenas em creches da rede direta da cidade de São Paulo
passou por um amplo processo de expansão quantitativa, ao final dos anos de 1970.
Nesse período, o processo concomitante de desenvolvimento e pauperização da
sociedade brasileira determinou o surgimento de vários movimentos sociais
reivindicatórios e, entre eles, pode-se destacar aquele relacionado diretamente ao
atendimento a bebês e crianças e à necessidade da mulher: o Movimento de Luta por
Creches, o qual reivindicava, fundamentalmente, a ampliação de uma rede de
equipamentos construídos e administrados pela Prefeitura Municipal de São Paulo,
voltados ao menor de 0 a 6 anos, e gerados com a participação atuante da própria
comunidade. A compreensão dessas mudanças e suas implicações nas propostas das
instituições de atendimento à criança de 0 a 6 anos na cidade de São Paulo, no período de
1970 a 1982 é o que justifica a escolha pelo tema dessa pesquisa. Tem-se, por objetivos,
compreender por meio do estudo da programação de atendimento e das propostas
curriculares das creches da cidade de São Paulo, no período circunscrito, a concepção
de cuidar e educar adotada e como eram organizados os currículos dessas instituições
apresentados pela Secretaria do Bem-Estar Social à qual as creches estiveram
vinculadas. Foram utilizados, como fontes documentais os programas e propostas de
atendimento às crianças, elaboradas pelas Secretarias
vinculadas às instituições de atendimento à criança no período compreendido neste
estudo. Como procedimentos metodológicos da pesquisa foram feitas análises destes
documentos legais e normativos do município de São Paulo referentes ao período, disponibilizados no portal da Secretaria Municipal de Educação – Acervo
da Memória Documental. As fontes foram analisadas sob as categorias de cuidar e
educar. Educar e cuidar nessa investigação são categorias orientadas por concepções
que compreendem que o processo de aprendizagem é uma construção pessoal
intermediada pela relação com o meio sócio-histórico-cultural e em interação de pares,
com os adultos e com os elementos da cultura com os quais interage, processo em que
reconstrói para si as capacidades presentes nessas interações. O estudo realizado aponta
para as dificuldades para a consolidação do atendimento à criança de 0 a 6 anos pela
rede de creches diretas na cidade de São Paulo, como uma política decorrente do direito
da criança. A investigação demonstrou a organização, as estruturas, formas de
manutenção e propostas de atendimento traçadas nas programações junto às crianças
atendidas, prioritariamente de 0 a 3 anos de idade, cujas famílias apresentassem renda
de até dois salários-mínimos.
Palavras-chave: Instituições; Creches; Propostas de atendimento
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Sonia Bercito (UNIP)
Juventudes, cultura e política: disputa de sentidos, negociações e pertencimentos.
Resumo: Pretende-se com este trabalho apresentar algumas r...
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Resumo: Pretende-se com este trabalho apresentar algumas reflexões em torno da ideia de juventude em suas articulações com a cultura e a política como forma a contribuir para a ampliação dos estudos desse segmento social no campo da História. Parte-se da concepção de juventude como conceito sociohistórico situado que não se apoia apenas na faixa etária mas que é construído socialmente com componentes sociais, territoriais e históricos a serem considerados.
Uma das representações mais recorrentes sobre os jovens é a ideia de que eles atualmente são apáticos e poucos afeitos à política, como um traço geracional. Essa generalização desconhece, por um lado, as várias situações sociais, econômicas, culturais e territoriais das juventudes que podem conduzir a relações diferenciadas com a política. Por outro, se prende a visões limitadas sobre a política entendida apenas em seus vínculos institucionais e partidários. Para ampliar essa perspectiva, é preciso recorrer à discussão sobre gerações e os processos de politização juvenis em diferentes momentos históricos assim como considerar a premissa da cultura também como fazer político.
Consideramos que não se pode comparar as diferentes gerações como mais ou menos politizadas, sem que suas condições sóciohistóricas sejam examinadas. É preciso avaliar os processos de politização existentes para explicar ciclos de maior ou menor interesse pela política institucionalizada e a ocorrência de formas diferentes de participação política.
As representações sobre a juventude costumam associá-la a contextos de mudanças sociais sublinhando sua vinculação a movimentos revolucionários de renovação. Mas, é importante ressaltar que esses movimentos associados aos jovens podem ir além dos canais institucionais ou da participação política tradicional. Em diferentes momentos do século XX há uma construção juvenil da cultura que consolidou sua presença como segmento social singular e que também deve ser entendida como ação política. Não se pode deixar de considerar, por exemplo, o quanto de político se embute nas pautas de costumes e culturais nas gerações do Rock and Roll, nos anos 1950, do Punk, nos anos 1980 ou das Culturas Juvenis na década de 1990. A partir desses e de outros exemplos nos quais cultura, juventude e política se encontram imbricados, podemos afirmar que a cultura não é mero instrumento para o fazer político, mas é expressão política em si mesma, em suas formas de disputar sentidos e negociar identidades e pertenças.
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Sessão 02: 06/09 (14:00 às 18:00)
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EDUARDO SILVEIRA NETTO NUNES (UFAC/GT HISTÓRIA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE)
O golpe de Estado no Chile em 1973 através das infâncias no filme Machuca
Resumo:
O golpe de Estado no Chile em 1973 através das i...
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Resumo:
O golpe de Estado no Chile em 1973 através das infâncias no filme Machuca
Na história o lugar de experiência frente aos processos vividos é extremamente significativo para delimitar o como se vive e desde que lugar se vive esses processos. O cinema tem dedicado diversas produções nas quais representações de infâncias e adolescências são construídas como no caso das experiências de ser criança nas vésperas e até os primeiros momentos da eclosão da ditadura no Chile, em 1973, através do filme Machuca (2004, Direção Andrés Wood, Chile/Espanha). A partir da análise do filme Machuca, realizamos aqui uma reflexão problematizando: quais representações de infâncias foram construídas; como as crianças do filme constroem e vivem o momento pré, durante e imediatamente posterior ao golpe; que estratégias estéticas foram utilizadas nessas representações. Partimos do campo de estudos da História das infâncias e das juventudes, da História do cinema e da História dos regimes autoritários da América Latina para desenvolver interpretações e hipóteses que percebam crianças e adolescentes como sujeitos da história e que vivenciam as experiências coletivas desde lugares peculiares e não universais, continuam e suportam sua classe e suas lutas, vocalizam as tensões e conflitos sociais agudamente como no caso chileno.
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